sexta-feira, 16 de outubro de 2009

FÍSICA MODERNA

A descoberta dos quanta de energia, por Max Planck, em 1900, fez com que a visão em Física sobre o mundo começasse a mudar radicalmente, e Albert Einstein, em 1905, ao publicar sua Teoria Especial sobre a Relatividade – tempos depois modificada para Teoria Geral da Relatividade -, arrombou pilares nos conceitos newtonianos, entre eles os mais básicos como o do espaço euclidiano rígido e independente de um tempo universalmente linear, e de uma matéria inerte constituída de minúsculas bolinhas indestrutíveis, ou seja, os átomos, e mostrou uma nova realidade onde apontava um novo universo curvo e inserido num contínuo espaço-temporal.

No novo mundo relativista de Einstein, a medição do tempo e da distância dependem do movimento relativo dos observadores, especialmente se estes viajam a uma velocidade próxima a da luz. Uma das suposições básicas da teoria especial é que a velocidade da luz é constante. Também no universo de Einstein, a gravidade não é considerada como uma força exterior, mas como algo inerente ao espaço e ao tempo.




Foi esta teoria, comprovada mais tarde por cientista através de experimentos, que levaram Einstein a tornar-se uma celebridade mundial, lembrado e citado até hoje.

E também a existência de um novo ramo na física:

A FISÍCA MODERNA.

O trabalho de Einstein possibilitou uma nova mentalidade para o estudo dos fenômenos atômicos e nos anos 20 estabeleceu-se uma nova compreensão da estrutura da matéria. Com o desenvolvimento da Mecânica Quântica, através dos trabalhos de Niels Bohr, Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Erwin Schrödinger e outros, descobriu-se uma estranha propriedade quântica: os elementos atômicos, a luz e outras formas eletromagnéticas têm um comportamento dual, ou seja comportam-se hora como se fossem constituídos por partículas, e hora agem como se fossem ondas que se expandem em todas as direções.

Como se pode?

A solução foi dada por Niels Bohr ao elaborar o princípio da complementaridade. Ele estabelece que, embora mutuamente excludentes num dado instante, os dois comportamentos são igualmente necessários para a compreensão e a descrição dos fenômenos atômico.

No domínio do quantum não se pode ter uma objetividade completa... Ruiu, assim, mais um pilar newtoniano-cartesiano, o mais básico, talvez: não se pode mais crer num universo determinístico, mecânico, no sentido clássico do termo. A nível subatômico não podemos afirmar que exista matéria em lugares definidos do espaço, mas que existem "tendências a existir", e os eventos têm "tendências a ocorrer". A Física deixa de ser determinística para se tornar probabilística, e o mundo de sólidos objetos materiais, que se pensava bem definido, se esfumaça num complexo modelo de ondas de probabilidade. Cai o determinismo em Física. As "partículas" não têm mais significado como objetos isolados no espaço; elas só fazem sentido se forem consideradas como interconexões dinâmicas de uma rede sutil de energia entre um experimento e outro” (Capra, 1982, 1986; Grof, 1988; Heisenberg, 1981).

A mais brilhante descoberta, porém, foi a demonstração experimental do pilar central da Teoria da Relatividade: as partículas materiais podem ser criadas a partir da pura energia e voltar a ser pura energia. A equivalência entre matéria e energia é expressa pela famosa equação:

E=mc2.


Constituindo assim a base da teoria do "big bang".

Segundo Einstein: “as partículas representam condensações de um campo contínuo presente em todo o espaço. Por isso o universo pode ser encarado como uma teia infinita de eventos correlacionados, e todas as teorias dos fenômenos naturais passam a ser encaradas como meras criações da mente humana, esquemas conceituais que representam aproximações da realidade”, e, segundo a interpretação de Compennhagem, formulada por Bohr e Heisenberg: “não há realidade até o momento em que ela é percebida pelo observador. Dependendo do ajuste experimental, vários aspectos complementares da realidade se tornaram visíveis. É o fato de se observar que gera os paradoxos! Por isso a realidade é fruto do trabalho mental e ela tenderá a ter os contornos de quem a observa e que escolhe o quê e o como observar.”


Segundo Fritjof Capra: "A característica principal da teoria quântica é que o observador é imprescindível não só para que as propriedades de um fenômeno atômico sejam observadas, mas também para ocasionar essas propriedades. Minha decisão consciente acerca de como observar, digamos, um elétron, determinará, em certa medida, as propriedades do elétron. Se formulo uma pergunta sobre a partícula, ele me dá uma resposta sobre partícula; se faço uma pergunta sobre a onda, ele me dá resposta sobre onda. O elétron não possui propriedades objetivas independentes da minha mente. Na física atômica não pode ser mais mantida a nítida divisão entre mente e matéria, entre o observador e o observado. Nunca podemos falar da natureza sem, ao mesmo tempo, falarmos de nós mesmos" (Capra, 1986, destaques meus). Eugene Wingner, prêmio Nobel de Física, também concorda que "a consciência, inevitável e inevitavelmente, entra na teoria" (Di Biase, 1994).

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